terça-feira, 22 de março de 2011

PROGRAMAÇÃO

23/03 – Apresentação da peça – “Filha da Anistia” Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horários:
17 hs – Peça
18 hs – Debate com Lúcia Alencar (Pedagoga. Integrante do Instituto Frei Tito de Alencar)
20 hs - Peça
21 hs – Debate com Francisco Alencar (Antropólogo, professor aposentado, ex-exilado político)

26/03 – Apresentação da peça – “Filha da Anistia” Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horários:
11 hs – Peça
12 hs – Debate com Messias Pontes (Jornalista, ex-preso político, presidente em exercício da Associação 64 / 68 - Anistia)
20 hs - Peça
21 hs – Debate com Pedro Albuquerque (Sociólogo, advogado, ex-preso e exilado político, professor da Universidade de Fortaleza

28/03 – Grafite no Muro (Av. 13 de Maio) da Reitoria da UFC em Homenagem ao aniversário de Morte de Edson Luís

29/03 – Cine-debate com Exibição do filme “Cabra Cega” Local: Casa Amarela – 18hs
Debate: Ruth Cavalcante

30/03 – Debate sobre Ditadura e Gênero - CAFTA UFC
Local: Auditório - História UFC

31/03 – Lançamento da Campanha Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura da FEMEH com cine-debate do filme Zuzu Angel - 15h
Local: Auditório do Mestrado de História da UECE - Campus do Itaperi


E mais: Intervenções Artísticas pela cidade em uma ação contributiva entre Coletivo Curto-Circuito (Sala Clara da Tortura) e Projeto Aparecidos Políticos.

Maiores informações:
(85) 32236464 - Associação Anistia 64/68
(85) 87316014 e (85) 99184519 - Marcelo Ramos, FEMEH - Federação do Movimento Estudantil e História

Manifesto em memória da ditadura civil militar brasileira e pela abertura dos arquivos da ditadura!

Há 47 anos estava sendo instaurado no Brasil um período nebuloso de perseguição, censura e arbitrariedade pelo estado brasileiro. A ditadura civil-militar que perdurou por 20 anos no Brasil torturou, prendeu, mutilou e assassinou milhares de pessoas, deixando marcas de ódio e repressão no país.


Todo este processo foi construído pelo estado brasileiro e legitimado pela maior parte dos empresários e grandes proprietários do país. Após 20 anos de intensa repressão, a população brasileira conquistou a abertura política através de uma anistia promovida pelo próprio governo militar de forma lenta e gradual que, mesmo com a oposição da imensa maioria dos setores populares, ao mesmo tempo que anistiou milhares de brasileiros e brasileiras prejudicados e caçados pelo regime, também colocou panos quentes nos horrorosos crimes cometidos pelos militares no período, atitude incomum inclusive se analisarmos o processo de julgamento dos militares golpistas nos demais países da América Latina.


Há de se destacar que esta anistia foi restrita, ou seja, não foi concedida a todas e todos que estavam sendo perseguidos pelo regime militar, onde hoje podemos encontrar várias pessoas que ainda não receberiam anistia política no Brasil.


Outro grande efeito disto foi que não ocorreu a abertura dos arquivos da ditadura, impedindo assim a investigação e desvendamento da realidade histórica sobre os fatos, beneficiando os torturadores e assassinos do regime. Pelo fato dos arquivos estarem censurados, não conseguimos contar com riqueza de detalhes a história do regime, julgar os culpados e finalmente fazer justiça como os demais países da América Latina estão fazendo.


No final do ano de 2010 a Corte Interamericana de Direitos Humanos julgou e condenou o Brasil pelo massacre na Guerrilha do Araguaia a centenas de brasileiras e brasileiros que lutavam em prol da abertura política no país. Isso obriga ao Brasil, se não quiser ir de encontro as decisões do tribunal maior da América, a investigar e punir os culpados envolvidos com a questão do Araguaia.


Por isso nós, movimentos sociais e anistiados estamos em luta e convidamos a todas e todos, conscientes dos horrores da ditadura a lutar também pela abertura dos arquivos da ditadura no Brasil, pressionando o estado brasileiro a cumprir a sentença do Araguaia e fazer justiça a todos os casos, evitando assim que estes tristes tempos não pairem novamente sobre a história do nosso país.


Pela abertura imediata dos arquivos da ditadura militar no Brasil!

Ditadura nunca mais!

Pelo fim da tortura, pela reforma das instituições policiais.

Contra a criminalização dos movimentos sociais!


Assinam:

Associação Anistia 64/68

Instituto Frei Tito de Alencar

FEMEH – Federação do Movimento Estudantil de História

Centro Acadêmico Caldeirão – História UECE

Centro Acadêmico Frei Tito de Alencar – História UFC


Cartaz para divulgação